Filho,
Talvez devesse calar, talvez não.
Acontece que estou de-sa-pon-ta-da! Pelo visto, não levou a sério a oração que fizemos no Natal.
Pedi união, pedi carinho. Falei do valor da amizade entre todos e que permanecessem juntos mesmo depois que eu já não estivesse entre vocês. Você ouviu ? Eu falava com sinceridade. Este assunto é muito sério para mim.
Espero que pelo menos você esteja muito feliz, porque não se lembrou de ninguém.
Os laços se afrouxam, o coração padece, bate fora do compasso. É como se dançasse fóra do rítmo.
Recebi outros abraços, dos que nunca deixam de me alcançar. Se a distância se faz presente, de alguma forma eles tentam, e conseguem a mim, chegar.
Existem telefones, sabia?
Você está, há tempos, confuso, sofrendo.
Espero que esta viágem possa lhe trazer o que procura.
Voçê mesmo.!!!
Desejo que esse encontro aconteça de verdade, porque se isto não acontecer sua vida será sempre vazia.
Há muitas coisas que não entendo, mas isto não importa. Nem tudo é para ser mesmo, entendido, não é ?
Mamãe.
Carta escrita em ol de janeiro de l997 e não enviada ao portador. Mesmo porque, ele já está curado.
16 fevereiro, 2007
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